sábado, 12 de junho de 2010

A BENCÃO DA SANIDADE MÍNIMA

Nenhum de nós é totalmente bom da cabeça...



Se somos todos pecadores, somos também todos ruins da cabeça, de um modo ou de outro.



Por isto, não existe o ser “cabeça feita”.



Existe, sim, aquele que não liga para a cabeça de quem quer que seja; e também existe aquele que tenta ser um fazedor de cabeças.
Um sofre de apatia...



O outro sofre de excesso de antipatia...



de ser também empaticamente anti-pática, e antipaticamente simpática, quando houvesse a-simpatia essencial nos encontros humanos.

Só Jesus foi capaz disso o tempo todo.



Assim, todos nós somos mentalmente incapazes de viver em perfeito equilíbrio.



Ora, o normal é ser assim: mentalmente incapacitado de certas coisas, ou de certos discernimentos...



A gente entende...



Errar é humano...



Mas isso não nos põe na categoria dos mentalmente doentes. Apenas torna as nossas vidas enfermas da presunção de saúde: que é a doença dos sãos, os que não precisam de médico; ou a doença dos doentes que não querem cura.



Há, todavia, um outro nível básico e cotidiano pelo qual se pode aferir a saúde relativamente aceitável de cada um de nós: pelo modo como nos comportamos em relação ao próximo quando temos a condição de ajudá-lo ou de tornar a vida de todos mais fácil.



Você sabe se uma pessoa é “balanceada” — a própria palavra pressupõe uma oscilação — se ela sabe abrir espaço justo e verdadeiro entre os seus semelhantes.



Num outro nível, ainda mais rotineiro, nós temos que viver a partir da presunção de sanidade coletiva.



É apenas por esta razão que a gente dorme no ônibus, pega um avião, entra num táxi, faz uma curva de carro quando outro carro faz a mesma curva na direção oposta...



Em qualquer dos casos você confia na saúde da interação humana.



O motorista do ônibus quer voltar para casa.



O piloto do avião teria uma maneira melhor de se suicidar do que derrubando o próprio avião.



E o motorista do táxi está apenas tentando ganhar dinheiro, mas se pudesse estaria vendo um bom jogo de futebol sentando na poltrona de casa.



Então, somos os enfermos de mente que temos que confiar na sanidade uns dos outros até para fazer uma curva de carro na esquina...



Aonde isso nos leva?



Bem, para mim leva a mundos infindáveis, mas aqui quero apenas mencionar um deles.



Você já imaginou o tamanho da proteção que Deus dá à mente humana?



Ficamos assombrados com o mar...



Mas, e com a mente?



Ao mar Deus pôs limites, dos quais ele não passará. E ele o obedece.



Mas e quem põe limites àquele que é o pervertedor das mentes pervertidas?



O diabo teria inimaginável poder na Terra se o Deus de Jó não dissesse a ele: "Não lhe toques a mente!"



Nossas “doenças mentais”, em geral, ainda são meigas e dóceis se comparadas àquilo que o “mal” poderia realizar em nós — que temos a mente furada como um queijo suíço! — se não houvesse um capacete invisível sobre as mentes de todos os homens!



Vivemos, entretanto, dias nos quais é possível sentir que a camada protetora está ficando fina...



O Apocalipse nos diz que chega o tempo em que seres antes acorrentados são liberados a fim de atormentar os homens... os quais desejam morrer... e não conseguem.



Daí procederá a pior loucura coletiva!



É a loucura de existir... acompanhada por ardente ânsia de morrer...



Daí é que vem a loucura mais louca e mais destrutiva.



A loucura se instala coletivamente mais do que nunca quando uma coletividade perdeu a significação para existir.



Aí, cumpre-se Apocalipse 9.



Aí, cumpre-se aquilo que a humanidade jamais conheceu: a última loucura!



E é por se multiplicar a iniqüidade que faz o amor se esfriar de quase todos que se instala a última loucura.



O resto é apenas loucura.



O Apocalipse fala dela o tempo todo.



Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!



Quem tem coração grato, curve-se e adore!



Quem ainda não vestiu o Capacete da Salvação, ponha-o logo sobre a cabeça!



E o Deus da Paz guardará os vossos corações e mentes em Cristo Jesus, o Nosso Senhor!



Caio

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